A mesma Dona Ângela
Anjo no nome, Angélica na cara
Isso é que é ser flor e anjo juntamente
Ser angélica flor e anjo florente
Em quem, se não em vós, se uniformara :
Quem vira uma tal flor que não a cortara
De verde pé, da rama florente
E que vira um Anjo vira tão luzente
Que por seu Deus o não idolatrara?
Se, pois como anjo sóis dos meus altares
Fôreis meu custódio e minha guarda
Livrara eu,de diabólicos azares
Mas vejo que por bela e por galharda,
Posto que os anjos nunca dão pesares
Sois Anjo que me tenta, e não me guarda.
( Gregório de Matos)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Pérolas de Sabedoria
Políticos, esportistas e celebridades costumam ter muitos assessores ajudando-os nos bastidores. Infelizmente, isso não os impede de falar bobagens:
"Meu oponente merece ser espancado até a morte por algum imbecil, e eu gostaria de ter a honra de fazer isso.” (Um político do Sul dos Estados Unidos.)
“Nunca tinha feito uma cirurgia de joelho desse porte em nenhuma outra parte do meu corpo.” (Winston Bennett, jogador de basquete do time da Universidade de Kentucky.)
“Não é exagero dizer que os indecisos tanto podem optar por um lado quanto pelo outro." (George Bush, pai.)
“Fumar mata. E se você morre, perde uma parte importante de sua vida.” (Brooke Shields.)
fonte: Revista Seleções. Março, 2008. p.97
"Meu oponente merece ser espancado até a morte por algum imbecil, e eu gostaria de ter a honra de fazer isso.” (Um político do Sul dos Estados Unidos.)
“Nunca tinha feito uma cirurgia de joelho desse porte em nenhuma outra parte do meu corpo.” (Winston Bennett, jogador de basquete do time da Universidade de Kentucky.)
“Não é exagero dizer que os indecisos tanto podem optar por um lado quanto pelo outro." (George Bush, pai.)
“Fumar mata. E se você morre, perde uma parte importante de sua vida.” (Brooke Shields.)
fonte: Revista Seleções. Março, 2008. p.97
sexta-feira, 19 de junho de 2009
À Dinamene
"Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste."
(Camões)
(Dedicatória de Camões à sua esposa Dinamene que sucumbiu ao naufrágio, salvando-se esse com a obra "Os Lusíadas") (AA)
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste."
(Camões)
(Dedicatória de Camões à sua esposa Dinamene que sucumbiu ao naufrágio, salvando-se esse com a obra "Os Lusíadas") (AA)
A descoberta da América
"Disse um dia Jeová,
'Vai Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina...
Tira a América de lá!'"
Castro Alves, o poeta dos escravos. (1847 - 1871)
'Vai Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina...
Tira a América de lá!'"
Castro Alves, o poeta dos escravos. (1847 - 1871)
Frases de La Rochefoucauld
"A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras."
"Quem vive sem loucura não é tão sensato como pensa."
"Antes de desejarmos fortemente uma coisa, devemos examinar primeiro qual a felicidade daquele que a possui."
"Apenas confessamos os pequenos defeitos para persuadir os outros de que não temos grandes."
"É mais fácil parecer digno dos empregos que não temos do que daqueles que exercemos."
"O indício mais seguro de se ter nascido com grandes qualidades é ter nascido sem inveja."
"Os vícios entram na composição da virtude assim como os venenos entram na composição dos remédios. A prudência mistura-os e atenua-os, e deles se serve utilmente conta os males da vida. "
"Aqueles que se dedicam demasiado às pequenas coisas tornam-se normalmente incapazes das grandes."
François, Duque de La Rochefoucauld (Paris, 1613 -- 1680) foi um moralista francês, François 6º, príncipe de Marcillac e, mais tarde, duque de La Rochefoucauld, nasceu em Paris a 15 de setembro de 1613 e morreu na mesma cidade na noite de 16 para 17 de março de 1680.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_de_La_Rochefoucauld
"Quem vive sem loucura não é tão sensato como pensa."
"Antes de desejarmos fortemente uma coisa, devemos examinar primeiro qual a felicidade daquele que a possui."
"Apenas confessamos os pequenos defeitos para persuadir os outros de que não temos grandes."
"É mais fácil parecer digno dos empregos que não temos do que daqueles que exercemos."
"O indício mais seguro de se ter nascido com grandes qualidades é ter nascido sem inveja."
"Os vícios entram na composição da virtude assim como os venenos entram na composição dos remédios. A prudência mistura-os e atenua-os, e deles se serve utilmente conta os males da vida. "
"Aqueles que se dedicam demasiado às pequenas coisas tornam-se normalmente incapazes das grandes."
François, Duque de La Rochefoucauld (Paris, 1613 -- 1680) foi um moralista francês, François 6º, príncipe de Marcillac e, mais tarde, duque de La Rochefoucauld, nasceu em Paris a 15 de setembro de 1613 e morreu na mesma cidade na noite de 16 para 17 de março de 1680.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_de_La_Rochefoucauld
domingo, 31 de maio de 2009
Jacó e Raquel (por Camões)
Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
(Luís Vaz de Camões)
Camões fez esse soneto com base na passagem bíblica de Gênesis cap. 29 (AA)
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
(Luís Vaz de Camões)
Camões fez esse soneto com base na passagem bíblica de Gênesis cap. 29 (AA)
Provérbios Bíblicos
"Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás"
(Eclesiastes 11.1)
Fazer amigos, fazer o bem a todos e nos prover para os dias maus é lançar o pão sobre as águas porque não sabemos como será o dia de amanhã. (AA)
"Do homem são os planos do coração, mas a resposta vem da boca de Deus"
(Provérbios 16.1)
O homem pode até planejar os dias vindouros, mas só Deus dirá o que deve ou não se concretizar. (AA)
(Eclesiastes 11.1)
Fazer amigos, fazer o bem a todos e nos prover para os dias maus é lançar o pão sobre as águas porque não sabemos como será o dia de amanhã. (AA)
"Do homem são os planos do coração, mas a resposta vem da boca de Deus"
(Provérbios 16.1)
O homem pode até planejar os dias vindouros, mas só Deus dirá o que deve ou não se concretizar. (AA)
sábado, 23 de maio de 2009
Frases de Friedrich Nietzsche
"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisa boas como se fosse a primeira vez."
"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."
"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."
"Temos a arte para não morrer da verdade."
"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
Fonte: www.pensador.info/p/nietzsche_frases/1/ (AA)
"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."
"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."
"Temos a arte para não morrer da verdade."
"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
Fonte: www.pensador.info/p/nietzsche_frases/1/ (AA)
domingo, 17 de maio de 2009
Escola do quilombo Jamari dos Pretos, Maranhão (1998)
Essas crianças são o futuro do Brasil. Será?
Será que essas crianças comeram hoje?
Será que esse professor tem salário digno?
Será?
Essa foto tirei no Museu da Língua Portuguesa dia 25 de abril de 2009. (AA)
Escola Jamari dos Pretos, 1998. in Terra de preto: mocambos, quilombos - História de nove comunidades negras do Brasil. São Paulo. Atlântica Editora, 2002.
Será que essas crianças comeram hoje?
Será que esse professor tem salário digno?
Será?
Essa foto tirei no Museu da Língua Portuguesa dia 25 de abril de 2009. (AA)
Escola Jamari dos Pretos, 1998. in Terra de preto: mocambos, quilombos - História de nove comunidades negras do Brasil. São Paulo. Atlântica Editora, 2002.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Pronominais
"Dê-me um cigarrro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro"
ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas.
Nesse poema Oswald de Andrade explicita a diferença da língua falada e da língua escrita no que diz respeito à sintaxe ao pedir um cigarro: "Dê-me um cigarro" (enclise) norma culta; "Me dá um cigarro" (próclise) coloquial. (AA)
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro"
ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas.
Nesse poema Oswald de Andrade explicita a diferença da língua falada e da língua escrita no que diz respeito à sintaxe ao pedir um cigarro: "Dê-me um cigarro" (enclise) norma culta; "Me dá um cigarro" (próclise) coloquial. (AA)
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Qual o significado de "ateu?"
"Ateu é aquele que nega e,
só se pode negar aquilo que existe."
(Resposta de Santo Tomás de Aquino quando lhe perguntaram o que é um ateu)
domingo, 26 de abril de 2009
Farsa de Inês Pereira
Acusado de plagiar autores espanhóis, Gil Vicente propõe a seus acusadores que deem-lhe um assunto para que ele desenvolva uma obra provando assim que tinha talento e personalidade. Aceita sua proposta, deram-lhe como tema um provérbio que diz: "Mais quero asno que me carregue, que cavalo que me derrube." Esse é o cerne de "A Farsa de Inês Pereira", donde entre outras, consta as personagens:
*Inês -> não aceita e não quer cumprir o papel da mulher de sua época, pois para ela a mulher não foi feita para viver enclausurada, fiando e esperando que lhe arranjem um marido, pois para esse, ela mesma daria a palavra final quando lhe apresentassem . Negando-se a fazer os trabalhos domésticos, ao chegar em casa sua mãe e ver que Inês não fiava, fica brava e a chama de preguiçosa ao tempo que ela rebate dizendo que preguiçosa era ela por tardar em arranjar-lhe um bom marido; marido esse que deveria ser fino, culto e de alta classe. (Com esse perfil de Inês, Gil Vicente já começa dar sentido ao tema de sua farsa)
*Mãe de Inês-> tem uma visão mais ampla da mulher contemporânea e, quer escolher o marido ideal para a filha.
*Lianor Vaz -> tipo de cupido - recebe dinheiro por isso - da época que faz o papel intermediário em casos amorosos; quando chega a casa de Inês, conta que no caminho fora atacada por um clérigo que queria violentá-la, o que realmente aconteceu, mas ao contá-lo, quer despertar em Inês os desejos da carne, preparando assim terreno para Pero Marques, seu primeiro pretendente.
(Nessa passagem Gil Vicente ataca o clero de sua época que era devasso, dissimulado e infiel)
*Escudeiro e Pero Marques -> primeiro e segundo maridos de Inês, respectivamente.
Síntese
Inês casa-se com Escudeiro - que essa julga ser o marido ideal, pois sabe tanger viola e parece fino e culto -, mas instantâneamente se arrepende, pois quando sua mãe traz algumas moças para comemorar o acontecido, esse diz à Inês que desejava ser solteiro novamente; esse foi só o começo da desgraça para Inês; quando chegam a casa, o marido a enclausura e a proíbe de falar com qualquer pessoa e sai viajante deixando seu moço a cuidar e "vigiar" a esposa. Inês deseja que ele nunca mais retorne, porque a vida agora é pior que a primeira. Depois de algum tempo ela recebe uma carta informando que seu "bravo escudeiro" fora morto ao fugir de um mouro. (Gil contrasta nesse ponto a valentia de Escudeiro em casa e sua covardia ao ser morto por um mouro, o que era considerado desonroso para um escudeiro). Para Inês foi difícil disfarçar a alegria de ser viúva; ela finge um sentimento de luto ao receber visitas, mas o que ela que quer mesmo é casar-se novamente; e casa-se, agora com Pero Marques, aquele que rejeitara antes de conhecer Escudeiro, pois julgara-o pouco inteligente e honesto demais quando esse preferiu retirar-se a abusar dela quando ficaram sós em sua casa. Pero Marques que humildemente se conformou ao ser rejeitado pela pretendida, agora volta para desposá-la definitivamente e, por ter personalidade fraca, Inês faz desse seu "asno", encerrando assim essa farsa onde Escudeiro seria o cavalo e Pero Marques o asno que, assim que se casa, Inês já pretende traí-lo. (AA)
*Inês -> não aceita e não quer cumprir o papel da mulher de sua época, pois para ela a mulher não foi feita para viver enclausurada, fiando e esperando que lhe arranjem um marido, pois para esse, ela mesma daria a palavra final quando lhe apresentassem . Negando-se a fazer os trabalhos domésticos, ao chegar em casa sua mãe e ver que Inês não fiava, fica brava e a chama de preguiçosa ao tempo que ela rebate dizendo que preguiçosa era ela por tardar em arranjar-lhe um bom marido; marido esse que deveria ser fino, culto e de alta classe. (Com esse perfil de Inês, Gil Vicente já começa dar sentido ao tema de sua farsa)
*Mãe de Inês-> tem uma visão mais ampla da mulher contemporânea e, quer escolher o marido ideal para a filha.
*Lianor Vaz -> tipo de cupido - recebe dinheiro por isso - da época que faz o papel intermediário em casos amorosos; quando chega a casa de Inês, conta que no caminho fora atacada por um clérigo que queria violentá-la, o que realmente aconteceu, mas ao contá-lo, quer despertar em Inês os desejos da carne, preparando assim terreno para Pero Marques, seu primeiro pretendente.
(Nessa passagem Gil Vicente ataca o clero de sua época que era devasso, dissimulado e infiel)
*Escudeiro e Pero Marques -> primeiro e segundo maridos de Inês, respectivamente.
Síntese
Inês casa-se com Escudeiro - que essa julga ser o marido ideal, pois sabe tanger viola e parece fino e culto -, mas instantâneamente se arrepende, pois quando sua mãe traz algumas moças para comemorar o acontecido, esse diz à Inês que desejava ser solteiro novamente; esse foi só o começo da desgraça para Inês; quando chegam a casa, o marido a enclausura e a proíbe de falar com qualquer pessoa e sai viajante deixando seu moço a cuidar e "vigiar" a esposa. Inês deseja que ele nunca mais retorne, porque a vida agora é pior que a primeira. Depois de algum tempo ela recebe uma carta informando que seu "bravo escudeiro" fora morto ao fugir de um mouro. (Gil contrasta nesse ponto a valentia de Escudeiro em casa e sua covardia ao ser morto por um mouro, o que era considerado desonroso para um escudeiro). Para Inês foi difícil disfarçar a alegria de ser viúva; ela finge um sentimento de luto ao receber visitas, mas o que ela que quer mesmo é casar-se novamente; e casa-se, agora com Pero Marques, aquele que rejeitara antes de conhecer Escudeiro, pois julgara-o pouco inteligente e honesto demais quando esse preferiu retirar-se a abusar dela quando ficaram sós em sua casa. Pero Marques que humildemente se conformou ao ser rejeitado pela pretendida, agora volta para desposá-la definitivamente e, por ter personalidade fraca, Inês faz desse seu "asno", encerrando assim essa farsa onde Escudeiro seria o cavalo e Pero Marques o asno que, assim que se casa, Inês já pretende traí-lo. (AA)
quinta-feira, 23 de abril de 2009
A Cidade Ilhada
Este livro, "A cidade ilhada" é composto de 14 contos vividos ou simplesmente criados por Milton Hatoum; descendente de libaneses, Hatoum - em quase todos esses contos - cita sua cidade natal, Manaus, daí o título do livro que também poderia ser "Manaus, a cidade ilhada." Esse foi o primeiro escrito em contos e reúne fatos que aconteceram ou foram criados e agora aprimorados para essa edição; seis desses são novos dos quais destaco dois, "Bárbara no inverno" e "Encontros na península". O primeiro é sobre amigos brasileiros, exilados na França enquanto dominava a ditadura no Brasil, protagonizado por um casal de namorados, Bárbara e Lázaro, mas que acaba em tragédia no Rio de Janeiro. No segundo, o autor narra em primeira e terceira pessoa a história de uma ricaça viúva espanhola que quer ler as obras de Machado de Assis e o contrata para ser seu professor de português alegando que só aprendendo o português brasileiro entenderá o homem como amante, pois já lera algumas obras machadianas e ainda não o encontrou. (AA)
HATOUM, Milton. A Cidade Ilhada: contos - São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
Milton Hatoum
Tive o prazer de conhecê-lo no "Encontro dos alunos de Letras" realizado na faculdade UNIFIEO e pedir detalhes sobre o conto "Encontros na península", que pra mim foi o melhor.
Hatoum foi professor universitário em Manaus ; atualmente mora em São Paulo e, além de escritor é colunista do jornal Folha de São Paulo.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Auto da Barca do Inferno
O HOMEM SEMPRE SE PERGUNTA DE ONDE VEIO E PRA ONDE VAI APÓS A MORTE. HÁ MUITAS ESPECULAÇÕES SOBRE REENCARNAÇÃO, MORTE DEFINITIVA, PARAÍSO, PURGATÓRIO, CÉU E INFERNO; CADA PESSOA ACREDITA NUM DESSE FIM PRA SUA ALMA – É CERTO QUE TODOS ACREDITAM QUE VÃO AO CÉU OU AO INFERNO PELO QUE FEZ OU NÃO EM VIDA. DIANTE DISSO, O ESCRITOR PORTUGUÊS, GIL VICENTE ESCREVEU EM 1517 A TRILOGIA: AUTO DA BARCA DO INFERNO, AUTO DA BARCA DA GLÓRIA E AUTO DA BARCA DO PURGATÓRIO. NESSA PRIMEIRA O AUTOR EXPÔS A SOCIEDADE PORTUGUESA ANTE AOS OLHOS DO DIABO E DO ANJO NUMA FORMA DE CRÍTICA DA MORALIDADE E AUTOANÁLISE.
ESTA OBRA ESCRITA EM DIÁLOGOS E OBVIAMENTE FEITA PARA O TEATRO, EXTERNA O PENSAMENTO DE CADA PESSOA AO SE DEPARAR COM O DIABO A BORDO DA BARCA AGUARDANDO-O; AO TOMAREM CONHECIMENTO DO DESTINO DA BARCA INFERNAL – EXCETO O JUDEU QUE, NEM O DIABO QUERIA LEVÁ-LO – , PASSAM DIRETO PARA A BARCA DA GLÓRIA ACREDITANDO QUE O ANJO IRÁ REDIMI-LOS DE SEUS PECADOS.
O PRIMEIRO A CHEGAR É O FIDALGO, REPRESENTADO PELO ORGULHO E PELA ARROGÂNCIA, MAS LOGO É DESPACHADO PELO ANJO E VAI-SE À BARCA DOS DANADOS; OS OUTROS VÊM A SEGUIR, NESTA ORDEM E REPRESENTANDO CADA QUAL SEU TIPO DE PECADO:
O ONZENEIRO: (TIPO DE AGIOTA QUE COBRA JUROS DE 11%); VEM COM UMA BOLSA QUE SIMBOLIZA A USURA E TENTA COMPRAR O PARAÍSO; O PARVO: TOLO QUE TINHA DUAS FUNÇÕES: DRAMÁTICA E IRÔNICA; ERA TAMBÉM ZOMBADOR E APARECE VÁRIAS VEZES NA PEÇA; O SAPATEIRO: ROUBAVA OS CLIENTES; NO FINAL DA VIDA PASSOU A FREQUENTAR MISSAS PARA GANHAR O CÉU; O FRADE: SÍMBOLO DO PECADO, POIS TINHA UMA AMANTE, A FLORENÇA. FOI MUITO IRONIZADO PELO PARVO; A ALCOVITEIRA: BRÍSIDA VAZ, QUE ACREDITA TER SIDO UMA MULHER SOFREDORA E POR ISSO TERIA LUGAR NA BARCA DA GLÓRIA; O JUDEU: QUIS PAGAR PRO DIABO LEVÁ-LO; CARREGAVA UM BODE NAS COSTAS PARA SIMBOLIZAR MOISÉS, RENEGANDO A CRISTO. POR FIM, FOI LEVADO A REBOQUE PELO DIABO DEPOIS DE MUITA INSISTÊNCIA; O CORREGEDOR E O PROCURADOR: CARREGAVAM CONSIGO PROCESSOS E LIVROS, SÍMBOLO DE SEUS TRABALHOS INESCRUPULOSOS; O PRIMEIRO QUERIA PROVAR ATRAVÉS DA LEI QUE DEVERIA IR PARA O PARAÍSO; O ENFORCADO: CRIMINOSO CONDENADO; CARREGAVA NAS MÃOS A CORDA PARA MOSTRAR COMO PAGOU SUAS DÍVIDAS PERANTE A SOCIEDADE, MAS ESQUECERA DE PAGÁ-LAS A DEUS E, POR FIM CHEGAM OS QUATRO CAVALEIROS: MÁRTIRES DO EVANGELHO; CARREGAVAM A CRUZ DE CRISTO, SÍMBOLO DE RELIGIOSIDADE; ESSES ERAM OS QUE O ANJO ESPERAVA PARA PARTIR DO CAIS RUMO À GLÓRIA.
COM ESSE AUTO, GIL VICENTE QUIS MOSTRAR À SOCIEDADE PORTUGUESA QUE TODOS TÊM PECADOS E DEVEM SALDÁ-LOS EM VIDA E ASSIM TAMBÉM PROPAGA A FÉ E O EVANGELHO DE CRISTO.
GIL VICENTE FOI O PRINCIPAL AUTOR QUINHENTISTA QUE, ALÉM DOS AUTOS DE MORALIDADE, PASTORIS E CAVALEIRESCOS ESCREVEU TAMBÉM AS FARSAS E AS ALEGORIAS. (AA)
ESTA OBRA ESCRITA EM DIÁLOGOS E OBVIAMENTE FEITA PARA O TEATRO, EXTERNA O PENSAMENTO DE CADA PESSOA AO SE DEPARAR COM O DIABO A BORDO DA BARCA AGUARDANDO-O; AO TOMAREM CONHECIMENTO DO DESTINO DA BARCA INFERNAL – EXCETO O JUDEU QUE, NEM O DIABO QUERIA LEVÁ-LO – , PASSAM DIRETO PARA A BARCA DA GLÓRIA ACREDITANDO QUE O ANJO IRÁ REDIMI-LOS DE SEUS PECADOS.
O PRIMEIRO A CHEGAR É O FIDALGO, REPRESENTADO PELO ORGULHO E PELA ARROGÂNCIA, MAS LOGO É DESPACHADO PELO ANJO E VAI-SE À BARCA DOS DANADOS; OS OUTROS VÊM A SEGUIR, NESTA ORDEM E REPRESENTANDO CADA QUAL SEU TIPO DE PECADO:
O ONZENEIRO: (TIPO DE AGIOTA QUE COBRA JUROS DE 11%); VEM COM UMA BOLSA QUE SIMBOLIZA A USURA E TENTA COMPRAR O PARAÍSO; O PARVO: TOLO QUE TINHA DUAS FUNÇÕES: DRAMÁTICA E IRÔNICA; ERA TAMBÉM ZOMBADOR E APARECE VÁRIAS VEZES NA PEÇA; O SAPATEIRO: ROUBAVA OS CLIENTES; NO FINAL DA VIDA PASSOU A FREQUENTAR MISSAS PARA GANHAR O CÉU; O FRADE: SÍMBOLO DO PECADO, POIS TINHA UMA AMANTE, A FLORENÇA. FOI MUITO IRONIZADO PELO PARVO; A ALCOVITEIRA: BRÍSIDA VAZ, QUE ACREDITA TER SIDO UMA MULHER SOFREDORA E POR ISSO TERIA LUGAR NA BARCA DA GLÓRIA; O JUDEU: QUIS PAGAR PRO DIABO LEVÁ-LO; CARREGAVA UM BODE NAS COSTAS PARA SIMBOLIZAR MOISÉS, RENEGANDO A CRISTO. POR FIM, FOI LEVADO A REBOQUE PELO DIABO DEPOIS DE MUITA INSISTÊNCIA; O CORREGEDOR E O PROCURADOR: CARREGAVAM CONSIGO PROCESSOS E LIVROS, SÍMBOLO DE SEUS TRABALHOS INESCRUPULOSOS; O PRIMEIRO QUERIA PROVAR ATRAVÉS DA LEI QUE DEVERIA IR PARA O PARAÍSO; O ENFORCADO: CRIMINOSO CONDENADO; CARREGAVA NAS MÃOS A CORDA PARA MOSTRAR COMO PAGOU SUAS DÍVIDAS PERANTE A SOCIEDADE, MAS ESQUECERA DE PAGÁ-LAS A DEUS E, POR FIM CHEGAM OS QUATRO CAVALEIROS: MÁRTIRES DO EVANGELHO; CARREGAVAM A CRUZ DE CRISTO, SÍMBOLO DE RELIGIOSIDADE; ESSES ERAM OS QUE O ANJO ESPERAVA PARA PARTIR DO CAIS RUMO À GLÓRIA.
COM ESSE AUTO, GIL VICENTE QUIS MOSTRAR À SOCIEDADE PORTUGUESA QUE TODOS TÊM PECADOS E DEVEM SALDÁ-LOS EM VIDA E ASSIM TAMBÉM PROPAGA A FÉ E O EVANGELHO DE CRISTO.
GIL VICENTE FOI O PRINCIPAL AUTOR QUINHENTISTA QUE, ALÉM DOS AUTOS DE MORALIDADE, PASTORIS E CAVALEIRESCOS ESCREVEU TAMBÉM AS FARSAS E AS ALEGORIAS. (AA)
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Acordo Ortográfico
Remorso
Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.
Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
Olavo Bilac (1865-1918); carioca considerado o mais importante poeta parnasianista. (AA)
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.
Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
Olavo Bilac (1865-1918); carioca considerado o mais importante poeta parnasianista. (AA)
terça-feira, 24 de março de 2009
A Demanda do Santo Graal
PRINCIPAIS PERSONAGENS
Rei Arthur - filho de Uther Pendragon e Igerne.
Lancelot – filho de rei Bam e Helena; amante de Genevra, mulher de Rei Arthur; melhor cavaleiro, depois de seu filho Galaaz.
Galaaz – filho de Lancelot que, o concebeu com a filha do rei Peles, pensando estar com Genevra.
Boorz e Leonel – filhos de rei Boorz e primos de Lancelot .
Merlim – mago que conhece o passado e pode prever o futuro; recebeu de Uther Pendragon a Arthur como moeda de troca para encantar Igerne para tê-la em seus braços enquanto duque de Tintagel sucumbia na guerra; é apaixonado por Vivianne, a fada.
Morganna – a fada; meio-irmã de Arthur; discípula de Merlim.
Genevra – mulher adúltera de Rei Arthur. Quando estava para morrer e soube que Lancelot ainda vivia, mandou sua donzela arrancar seu coração, por num elmo – presente de seu amado -, e entregá-lo a Lancelot, o homem a quem mais amou.
Morderette – filho-sobrinho incestuoso de Rei Arthur e Morganna, sua meio-irmã; teve o privilégio de matar e ser morto por rei Arthur, seu pai, na sangrenta batalha final; a saber, a batalha de Salaber.
Gilfrete - jogou a espada de Excalibur no lago, a mando de rei Arthur; o último a vê-lo vivo e também morto.
Síntese
Essa lenda arturiana, que é uma novela de cavalaria, conta as aventuras e desventuras dos 150 cavaleiros da Távola Redonda – número que nunca foi exato -, que partem em busca do Santo Graal, taça que segundo a estória, José de Arimatéia colheu as últimas gotas do sangue de Jesus Cristo na sua crucificação.
Diz a lenda, que, o Santo Graal aparecia no centro da távola onde estavam reunidos os cavaleiros juntamente com rei Arthur, e emitia raios abençoando e protegendo-os em suas investidas bélicas.
As personagens supracitadas são as mais importantes nesse enredo tecido por justas, amores inatingíveis, adultério, alegorias e seres mitológicos, como a besta ladradora. Há ainda, outras personagens que merecem ser lembradas, tais como: Persival, Galvão, Heitor, irmão de Lancelot, Tristão, Isolda, Rei Mars. Esse último ao saber que Lancelot – o único cavaleiro a quem temia – morrera, tratou de invadir Camelot e quantos mais reinos podia até ser morto por Paulas - um cavaleiro da Távola Redonda -, que o derrotou quando esse tenvava contra a vida de Boorz, rei de Gaunes.
Depois de morto, Arthur é levado por Morganna, numa barca, para a ilha de Avalon e, jamais alguém vira seu corpo novamente. Há outras obras que dizem respeito a esta – que é contada em fragmentos, ora em verso, ora em prosa -, tais como: Estória do Santo Graal; Merlim; O Livro de Lancelot do Lago; As Aventuras ou A Demanda do Santo Graal e a Morte do Rei Arthur. Uma cópia da segunda prosificação de "A Demanda" denominada "Vulgata" ou "Post-Vulgata", pode ser encontrada na Biblioteca Nacional de Viena, datada do século XV em pergaminho e em excelente estado. (AA)
MEGALE, Heitor (tradução). "A Demanda do Santo Graal". 3 ed. São Paulo, 2003. Ateliê Editorial.
Rei Arthur - filho de Uther Pendragon e Igerne.
Lancelot – filho de rei Bam e Helena; amante de Genevra, mulher de Rei Arthur; melhor cavaleiro, depois de seu filho Galaaz.
Galaaz – filho de Lancelot que, o concebeu com a filha do rei Peles, pensando estar com Genevra.
Boorz e Leonel – filhos de rei Boorz e primos de Lancelot .
Merlim – mago que conhece o passado e pode prever o futuro; recebeu de Uther Pendragon a Arthur como moeda de troca para encantar Igerne para tê-la em seus braços enquanto duque de Tintagel sucumbia na guerra; é apaixonado por Vivianne, a fada.
Morganna – a fada; meio-irmã de Arthur; discípula de Merlim.
Genevra – mulher adúltera de Rei Arthur. Quando estava para morrer e soube que Lancelot ainda vivia, mandou sua donzela arrancar seu coração, por num elmo – presente de seu amado -, e entregá-lo a Lancelot, o homem a quem mais amou.
Morderette – filho-sobrinho incestuoso de Rei Arthur e Morganna, sua meio-irmã; teve o privilégio de matar e ser morto por rei Arthur, seu pai, na sangrenta batalha final; a saber, a batalha de Salaber.
Gilfrete - jogou a espada de Excalibur no lago, a mando de rei Arthur; o último a vê-lo vivo e também morto.
Síntese
Essa lenda arturiana, que é uma novela de cavalaria, conta as aventuras e desventuras dos 150 cavaleiros da Távola Redonda – número que nunca foi exato -, que partem em busca do Santo Graal, taça que segundo a estória, José de Arimatéia colheu as últimas gotas do sangue de Jesus Cristo na sua crucificação.
Diz a lenda, que, o Santo Graal aparecia no centro da távola onde estavam reunidos os cavaleiros juntamente com rei Arthur, e emitia raios abençoando e protegendo-os em suas investidas bélicas.
As personagens supracitadas são as mais importantes nesse enredo tecido por justas, amores inatingíveis, adultério, alegorias e seres mitológicos, como a besta ladradora. Há ainda, outras personagens que merecem ser lembradas, tais como: Persival, Galvão, Heitor, irmão de Lancelot, Tristão, Isolda, Rei Mars. Esse último ao saber que Lancelot – o único cavaleiro a quem temia – morrera, tratou de invadir Camelot e quantos mais reinos podia até ser morto por Paulas - um cavaleiro da Távola Redonda -, que o derrotou quando esse tenvava contra a vida de Boorz, rei de Gaunes.
Depois de morto, Arthur é levado por Morganna, numa barca, para a ilha de Avalon e, jamais alguém vira seu corpo novamente. Há outras obras que dizem respeito a esta – que é contada em fragmentos, ora em verso, ora em prosa -, tais como: Estória do Santo Graal; Merlim; O Livro de Lancelot do Lago; As Aventuras ou A Demanda do Santo Graal e a Morte do Rei Arthur. Uma cópia da segunda prosificação de "A Demanda" denominada "Vulgata" ou "Post-Vulgata", pode ser encontrada na Biblioteca Nacional de Viena, datada do século XV em pergaminho e em excelente estado. (AA)
MEGALE, Heitor (tradução). "A Demanda do Santo Graal". 3 ed. São Paulo, 2003. Ateliê Editorial.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Eu Sou O Livreiro de Cabul
Este é um livro-resposta redigido pelo verdadeiro livreiro de Cabul - Shah Muhammad Rais -, que pretende com a publicação, desmentir as acusações/invenções feitas pela escritora norueguesa Asne Seierstad - que viveu por cinco meses em sua casa em Cabul para escrever o cotidiano de uma família muçulmana em: "O Livreiro de Cabul" - e, segundo ele, a escritora se aproveitou da ortodoxa hospitalidade afegã e traiu-lhes ao escrever coisas tão absurdas sobre seu povo, ferindo assim profundamente sua família, país e religião. Usando como contra-ponto, os trolls - gnomos, a quem se atribui a justiça, segundo a mitologia norueguesa -, Rais desenvolve toda noite, um diálogo com essas figuras, e estes o interrogam sobre os pontos mais importantes do livro que, segundo eles, o mundo também exige esclarecimentos sobre a crueldade imposta à família por "Sultão Khan", codinome pejorativo que significa 'Senhor Mandatário', dado por Seierstad ao livreiro de Cabul. Vale a pena conferir; se você leu "O Livreiro de Cabul" com certeza também lerá este para tirar suas próprias conclusões sobre o 'duelo.' (AA)
RAIS, Shah Muhammad, 1954. "Eu Sou O Livreiro de Cabul" - trad. Pedro Jorgensen Jr. 3 ed - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
RAIS, Shah Muhammad, 1954. "Eu Sou O Livreiro de Cabul" - trad. Pedro Jorgensen Jr. 3 ed - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Visita à Roma Antiga
Este livro traz ao leitor uma visão sintética dos doze séculos mais importantes de Roma que foi a 'capital do mundo antigo.' Nesta obra, que o autor Leonel Ferreira tece de uma forma fácil, agradável e altamente didática, o aluno/leitor irá se deparar com os mais variados tipos de moradia, meio de transporte, lazer, cultura, culinária e curiosidades romanas desde a Monarquia, passando pela República, início da era cristã - ano zero -, até o Império, ano 476 d.C. que é o início da Idade Média. Este livro traz também muitas ilustrações - desenhos e fotos - de objetos e lugares atuais sobre os temas abordados, tornando assim muito agradável sua leitura. (AA)
FERREIRA, Olavo Leonel, 1938. "Visita à Roma Antiga" - 2 ed. - São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção desafios)
FERREIRA, Olavo Leonel, 1938. "Visita à Roma Antiga" - 2 ed. - São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção desafios)
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
A Cidade do Sol
Mais uma vez, lendo um romance afegão, me surpreendi com a tamanha sensibilidade de Khaled Hosseini - autor de: A Cidade do Sol e O Caçador de Pipas -, que, como afegão, nascido na capital Cabul, pôde como ninguém transmitir ao mundo, ainda que em obra de ficção, a dor e a opressão que se passa em seu país, principalmente em relação às mulheres. Nesta, que foi a sua segunda obra, ele transporta o leitor a um Afeganistão que já foi orgulho nacional por suas campinas, mesquitas, liberdade e uma leve igualdade entre homens e mulheres, isso é claro, antes da invasão soviética em que muitos jovens inocentes foram 'arrancados' de suas famílias e forçados a lutar em uma guerra a que não pertenciam, enquanto viúvas e moças eram estupradas e humilhadas por soldados e aproveitadores. Porém depois de derrotar os soviéticos, a guerra continuou entre os próprios afegãos que se destruiam mutuamente em guerras civis por pertencerem a esse ou aquele partido. Por querer enfatizar o papel da mulher em seu país, Hosseini traz duas mulheres, até então, desconhecidas - Mariam e Laila, que o destino se encarregou de uni-las -, como protagonistas neste best-seller que, mais uma vez, faz lacrimejar os olhos do 'pobre leitor'. (AA)
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
"FRASES" - www.linguarudo.net
"As vezes dá vontade de virar anjo ou astronauta e sair por aí buscando outras galáxias, onde os seres não fossem tão vaidosos, nem prepotentes a ponto de matar, de trair, de invejar! AI, AI AI AI AI!" ( Dete )
"Todos esses aí estão atravancando meu caminho./Eles passarão, eu passarinho." (Mário Quintana)
"Um dia estando entre nós o Atlântico,/ senti a tua mão na minha./Agora, tendo a tua mão na minha, / eu sinto entre nós o Atlântico." ( Drummond )
" Há três coisas na vida / que não voltam atrás:/ a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida." ( provérbio chinês)
" Meu tempo ainda não chegou/ alguns nascem postumamente". ( Nietzsche )
" Você que só toca em si/ só canta em sí/ só pensa em si. Ah! Tenha dó/ Deixa pra lá? olhe o sol e... tente tocar em mi " ( Evelin P. Morsch )
"Todos esses aí estão atravancando meu caminho./Eles passarão, eu passarinho." (Mário Quintana)
"Um dia estando entre nós o Atlântico,/ senti a tua mão na minha./Agora, tendo a tua mão na minha, / eu sinto entre nós o Atlântico." ( Drummond )
" Há três coisas na vida / que não voltam atrás:/ a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida." ( provérbio chinês)
" Meu tempo ainda não chegou/ alguns nascem postumamente". ( Nietzsche )
" Você que só toca em si/ só canta em sí/ só pensa em si. Ah! Tenha dó/ Deixa pra lá? olhe o sol e... tente tocar em mi " ( Evelin P. Morsch )
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
O Livreiro de Cabul
O Livreiro de Cabul é um documentário-diário contado em forma de ficção literária, mas com relatos verdadeiros sobre uma família afegã publicado pela jornalista noruguesa Asne Seierstad, que conviveu por três meses na casa de Khan - patriarca e líder absoluto na família, como reza a cultura do país -, que assentiu a novidade desde que ela observasse os costumes e regras de seu país e se passasse como alheia aos mais variados modos e absurdos que se passam num clã afegão, principalmente concernente às mulheres. Best seller já vendido para mais de 30 países, culminou na investida viagem de Khan - cujo verdadeiro nome é Shah Mohammad Rais -, à Noruega de Seierstad para processá-la sobre os relatos contidos no livro; mas que se contentou em escrever o livro - " Eu Sou o Livreiro de Cabul " -, com um editor norueguês replicando a obra primórdia. (AA)
SEIERSTAD, Asne. "O Livreiro de Cabul." trad. de Grete Shevik. 15 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
SEIERSTAD, Asne. "O Livreiro de Cabul." trad. de Grete Shevik. 15 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Twin Peaks - Quem Matou Laura Palmer?
Este é um romance policial cheio de intrigas, mentiras e desejos ardentes que rodeiam a bela Laura Palmer. Uma menina linda que vive na pacata cidade de Twin Peaks e é encontrada morta à beira de um lago ao brotar da vida. Muitos são os suspeitos neste romance já que ela relatar tudo o que acontecia em seu famoso 'diário secreto.' O livro que virou filme e até seriados de TV, não explicitou o assino nmo final do enredo mantendo assim o título do mesmo. Quem sabe algum dia este seja revelado; mas talvez seja melhor assim para manter o suspense e explorar a imaginação do leitor. (AA)
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Dom Casmurro
Uma da últimas fotos de Machado de Assis Uma das últimas obras de Machado de Assis publicada em 1899, que trata dos amores e dúvidas dos corações adolescentes - de Bentinho e Capitu -, mas que parece impossível, pois a mãe deste que teve problemas ao trazê-lo a este mundo prometeu a Deus que este seria padre e que o mandaria para o seminário logo na adolescência - que o fez estavam no auge de uma tácita paixão -, mesmo contra sua vontade. Há ainda outras personagens importantes na trama, tais como Prima Justina, Pádua, o pai de Capitu e Escobar um seminarista e único amigo de Bento Santiago a quem este lhe confere o título de traidor por achar que o filho que Capitu lhe deu anos mais tarde é fruto de um adultério de sua amada, deixando a trama assim com um ar de triângulo amoroso culminando num final trágico o que era pra ser uma linda história de amor. Esta é uma clássica obra escrita logo após a abolição a escravatura no Brasil e rica no vocabulário, que é uma peculiaridade de Machado de Assis, por isso é recomendável lê-la com um dicionário ao lado. (AA)
sábado, 24 de janeiro de 2009
O Caçador de Pipas
Este é um livro daqueles que você jamais esquecerá. Simplesmente envolvente, dramático e com certeza te fará refletir profundadamente sobre as palavras medo, fraqueza, amizade, mentira, traição e principalmente lealdade; já em seus primeiros capítulos você estará totalmente envolvido e verá que será impossível não se emocionar com este belo romance que começa num Afeganistão monárquico e se estende até os últimos dias do desumano comando Talibã. Vale a pena conferir! (AA)
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
A Menina Que Roubava Livros
“Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”
Esse livro é ótimo. Primeira obra do jovem escritor australiano Markus Zusak que, com destreza prende os olhos do leitor às páginas nevadas da gélida Alemanha hitlerista e destrincha este belo romance narrado pela própria Morte que naqueles fúnebres anos teve tanto trabalho, mas separou 'um tempinho' para contar a história da "roubadora de livros" - uma singela criança ao léu em plena segunda Guerra Mundial - o que chamou a atenção de Dona Morte. Esse eu recomendo, é lindo e emocionante! (AA)
Esse livro é ótimo. Primeira obra do jovem escritor australiano Markus Zusak que, com destreza prende os olhos do leitor às páginas nevadas da gélida Alemanha hitlerista e destrincha este belo romance narrado pela própria Morte que naqueles fúnebres anos teve tanto trabalho, mas separou 'um tempinho' para contar a história da "roubadora de livros" - uma singela criança ao léu em plena segunda Guerra Mundial - o que chamou a atenção de Dona Morte. Esse eu recomendo, é lindo e emocionante! (AA)
Assinar:
Postagens (Atom)